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No Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção e conscientização sobre o câncer de mama, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, que atua como referência em oncologia para 1,4 milhão de pessoas no Oeste paraense, esclarece mitos e verdades sobre a doença.
O tema é importante uma vez que pesquisa realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), com cerca de 1,3 mil mulheres em seis capitais e regiões metropolitanas do país, aponta que 51% das mulheres não estão cientes da importância da regularidade da mamografia e 47% acreditam que o uso de sutiãs tem impacto no risco de câncer de mama.
A doença, que é a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres brasileiras, é cercada por mitos, que relacionam os casos com o uso de sutiãs, desodorantes, próteses de silicone, entre outros. “Neste momento de conscientização, esclarecer e disseminar informações corretas é essencial”, destaca Patrícia Mineiro, médica Radio-oncologista do Regional do Baixo Amazonas.
A unidade, pertencente ao Governo do Estado e gerenciada pela Pró-Saúde, presta assistência completa em oncologia, com consultas, quimio e radioterapias, cirurgias, exames, entre outros. Somente neste ano, entre janeiro e setembro, realizou 1.869 atendimentos a pacientes com a doença, sendo que um dos usuários é homem.
“Mito. O tumor de mama é multifatorial e tem mais a ver com a história reprodutiva da mulher. Se ela menstruou muito cedo, se entrou na menopausa muito tarde. Quantos filhos teve, se amamentou, se fez uso de anticoncepcionais. Estes são fatores que devem ser levados em conta. O uso de sutiãs apertados pode machucar os seios, levando a outras complicações, mas não aos tumores de mama”.
“As próteses tornam um pouco mais difícil o rastreio dos tumores, porque que a mulher fica impossibilitada de fazer a mamografia. Mas ela continua podendo fazer este rastreio através da ultrassonografia e da ressonância de mama”.
“Não. Os produtos cosméticos têm componentes que podem sim fazer mal à saúde das pessoas, mas nada diretamente ligado aos tumores de mama”.
“Somente 10% dos tumores de mama tem origem genética, que vem da família. A história familiar é um dos fatores que contribui para o aparecimento, mas não é o único fator”.
“Não. É importante que a mulher se conheça, palpe as mamas, veja se há alguma alteração, algum caroço, secreção ou nódulo. No caso de qualquer anormalidade, procure um profissional de saúde. A mamografia é um método de rastreio muito eficiente, que detecta a doença de forma precoce, sendo indicado para mulheres a partir dos 50 anos, de acordo com o Ministério da Saúde. Em caso de pacientes com histórico familiar, esse exame é antecipado. A mamografia e a ultrassonografia são exames muito importantes para o diagnóstico precoce de um tumor”.
“Com certeza, pode! Amamentar é proteção! Quando a mulher amamenta, há uma pausa em hormônios que estimulariam o aparecimento dos tumores. Quanto mais tempo ela passa amamentando, mais protetor é esse efeito. Porém, é importante deixar claro que não há garantia de que se a mulher amamentar ela não terá a doença, já que os causas do câncer de mama são multifatoriais”.
“Os traumas ou machucados podem fazer a mulher prestar mais atenção àquele local. Se ela não se conhece bem, aquele incômodo pode ligar um sinal de alerta. Mas, a batida não está diretamente ligada aos tumores nas mamas”.
“Mito. Os homens também possuem glândula mamária e eventualmente essa glândula masculina pode apresentar tumores malignos. Então é importante que os homens também fiquem atentos com as glândulas, que são menores, mas que também podem desenvolver a doença”.
“Verdade. E não só com os tumores de mama, mas com todos os tumores. A saúde mental tem muita relação com a nossa resposta imunológica. Se não estamos bem, a nossa imunidade também baixa e ficamos mais expostos às doenças”.
“Sim. E são fatores de risco para muitas doenças. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os chamados hábitos de vida estão extremamente relacionados com o aparecimento de vários tipos de tumores e de outras doenças, como a diabetes e a hipertensão. A promoção da nossa saúde, a manutenção do peso, uma alimentação saudável, a prática de exercícios, tudo isso pode nos proteger do câncer e de outros problemas. É uma escolha que a gente pode fazer”.