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Nesta quinta-feira (10), se celebra o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo viverão com algum grau de perda auditiva até 2050.
Segundo Rafael Costa, fonoaudiólogo do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá (PA), a data tem como objetivo conscientizar, educar, prevenir e alertar a sociedade sobre os problemas advindos da perda da audição. A unida presta atendimento 100% gratuito, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), sendo referência para mais de um milhão de pessoas de 22 municípios no interior do Pará.
“Algumas coisas podem provocar surdez, por exemplo, doenças como viroses e meningites, uso de medicamentos e drogas, exposição a ruídos intensos, além de traumas na cabeça ou tumores. Outros fatores como idade avançada, casos de surdez na família, nascimento prematuro ou baixo peso ao nascer e infecções congênitas, como sífilis, toxoplasmose e rubéola, também podem provocar a perda auditiva”, explica o profissional.
O fonoaudiólogo da unidade, que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pela Pró-Saúde, aponta que sintomas como dificuldade para compreender a fala, aparecimento de zumbido, falar muito alto, aumentar o volume da TV e do celular, sensação de ouvido tampado, pressão e estalos no ouvido, entre outros, podem ser indícios de baixa audição.
“Caso a pessoa perceba sintomas de perda auditiva, é fundamental procurar um especialista para um diagnóstico preciso. Em algumas situações a surdez pode ser revertida. Também há meios de melhorar a condição do paciente ou mesmo reduzir o ritmo de evolução do problema, de acordo com cada caso”, destaca Rafael.
· Cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões. Tenha atenção redobrada com as crianças;
· Evite maus hábitos como ouvir música alta no fone de ouvido, ficar frequentemente exposto a sons altos em festas e shows, ou horas no trânsito barulhento. Se for o caso, use um protetor auricular;
· Se você faz um trabalho contínuo em ambientes ruidosos, jamais dispense o uso de equipamentos de proteção;
· Não dispense o teste da orelhinha, o exame é feito nos recém-nascidos e permite verificar a presença de anormalidades auditivas a tempo de corrigi-las;
· Se perceber atraso no desenvolvimento da fala das crianças, procure um médico imediatamente, pois pode indicar problemas auditivos;
· Nas gestantes, sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar surdez nas crianças, portanto é fundamental seguir a orientação médica do pré-natal contra essas doenças.