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Operação prendeu três suspeitos de esquema que apagava dívidas com dados falsos inseridos no sistema da concessionária; prejuízo pode impactar tarifas de energia
A Polícia Civil do Pará desarticulou um esquema criminoso responsável por fraudes milionárias em contas de energia elétrica no estado. Batizada de Operação Lasgrael, a ação foi deflagrada nesta sexta-feira (3) e resultou na prisão de três suspeitos acusados de manipular o sistema da concessionária para anular ou transferir dívidas de consumidores, tanto residenciais quanto comerciais.
A operação foi conduzida por equipes da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) e da Delegacia de Combate a Crimes contra Concessionárias de Serviços Públicos (DCCCCSP), com o apoio da Diretoria de Polícia Especializada (DPE). Os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela Vara de Inquéritos da Região Metropolitana de Belém.
Segundo a polícia, os suspeitos inseriam dados falsos no sistema da empresa de energia que atende o estado, abrindo processos fraudulentos com documentos adulterados. Com isso, conseguiam regularizar indevidamente contas em débito, gerando prejuízos milionários à concessionária.
–A estimativa é que os prejuízos causados à concessionária alcancem valores milionários, afirmou o delegado Cláudio Galeno, titular da DCCCCSP.
Durante as diligências, foram apreendidos um veículo e diversos equipamentos utilizados nas fraudes. As investigações indicam que os envolvidos manipulavam cadastros e utilizavam documentação falsificada para driblar os controles internos da empresa.
A própria concessionária de energia teve papel decisivo nas apurações. Segundo o delegado Ricardo Rosário, diretor da DIOE, o sistema interno de compliance da empresa identificou irregularidades e acionou a polícia:
–A empresa instaurou processo de auditoria interna e acionou as autoridades policiais, o que subsidiou as investigações da Polícia Civil, explicou o delegado.
Os três detidos foram submetidos a exames de corpo de delito e permanecem à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue com diligências para identificar outros envolvidos e rastrear o destino dos valores desviados.
O caso reacende o debate sobre segurança digital e controle interno em concessionárias de serviços públicos, já que fraudes desse tipo podem afetar o equilíbrio financeiro do sistema elétrico e, consequentemente, impactar o valor das tarifas de energia cobradas aos consumidores.