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Operação Contenção é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, com 64 mortos e 81 presos. Entre os investigados, 32 são paraenses apontados por comandar crimes de dentro e fora do estado.
A megaoperação das forças de segurança do Rio de Janeiro realizada nesta terça-feira (28) contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha teve como alvos 32 paraenses suspeitos de comandar crimes à distância, segundo informações divulgadas pela Polícia Civil do Pará (PCPA).
A ação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, resultou em 64 mortes, 81 prisões e na apreensão de 75 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.
De acordo com as investigações, os criminosos paraenses teriam ligação direta com chefes do CV responsáveis pelo controle de territórios no Rio e em outros estados.
A PCPA informou, por meio de nota, que participou da operação trocando informações com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), inclusive com agentes paraenses atuando em território fluminense.
A ação faz parte da Operação Contenção, uma iniciativa permanente que visa enfraquecer a estrutura do Comando Vermelho em comunidades estratégicas da Zona Norte do Rio.
Cerca de 2.500 agentes foram mobilizados para cumprir 100 mandados de prisão. Logo nas primeiras horas da manhã, os policiais enfrentaram resistência armada, com barricadas em chamas, ataques com drones e intensa troca de tiros.
Durante os confrontos, dois policiais civis e dois policiais militares morreram, além de três civis feridos, entre eles, um homem em situação de rua e uma mulher atingida dentro de uma academia.
Com o avanço da operação, o tráfico orquestrou represálias em várias áreas da cidade, bloqueando vias como a Linha Amarela, Grajaú-Jacarepaguá e Rua Dias da Cruz, no Méier.
Devido à escalada de violência, o Centro de Operações e Resiliência (COR) do Rio elevou o estágio operacional da cidade para nível 2, e a PM colocou todo o efetivo nas ruas.
Entre os presos estão Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão do Quitungo, apontado como um dos chefes regionais do CV, e Nicolas Fernandes Soares, suposto operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, considerado um dos líderes da facção.
O secretário de Segurança Pública do RJ, Victor Santos, afirmou que a operação foi planejada com antecedência e não contou com apoio federal.
Já o governador Cláudio Castro declarou em entrevista coletiva que o governo federal negou pedidos de apoio para a ação, o que foi negado em nota pela União, que afirmou continuar colaborando com as forças estaduais por meio da Força Nacional de Segurança.
Com mais de 280 mil moradores impactados nas áreas afetadas, a operação deixou o Rio em um cenário de guerra, com helicópteros sobrevoando comunidades e longos tiroteios registrados desde a madrugada.