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Em entrevista coletiva transmitida hoje (15), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confirmou que o presidente Jair Bolsonaro está discutindo novos nomes para assumir a posição de titular da pasta.
“O presidente está pensando em substituição, avaliando nomes. O presidente está em tratativas para reorganizar o ministério. Enquanto isso não for definido, a vida segue normal. Não estou doente. Quando o presidente tomar sua decisão faremos a transição correta, como manda o figurino”, declarou.
Na coletiva em que fez um balanço da gestão no combate à pandemia, Pazuello afirmou que não deixará o ministério e que cabe ao presidente Jair Bolsonaro definir se e quando efetuará a troca de comando.
“Estou à disposição para ajudar todos que vierem aqui. Isso não é palavra de despedida. Tenho orgulho de estar à frente da pasta cumprindo missão. Não me sinto pressionado por nenhuma notícia ou fake news. O problema é a pandemia, os óbitos. Apoiar todos os brasileiros – esta é a missão”, comentou.
Em meio a críticas sobre a gestão, Pazuello fez um balanço das ações contra a pandemia, em especial os esforços de vacinação. Ele afirmou que a pasta prevê disponibilizar 562,9 milhões de doses em 2021.
Contudo, 110 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca e 30 milhões de doses da CoronaVac previstas no cronograma e que já tiveram recursos alocados ainda não foram efetivamente contratadas, já que o dinheiro não foi pago. Assim, o número de doses efetivamente contratadas até o momento fica em 422,9 milhões. Veja abaixo o cronograma de recebimento das vacinas para o ano:
Pazuello afirmou que o processo de transferência de tecnologia que habilitará o Brasil a produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) em território nacional está dois meses adiantado. “Já temos todos os equipamentos instalados. Os engenheiros químicos foram capacitados e devemos começar a produção em abril. Com isso, passamos a ter independência na produção de vacinas.”
A equipe do Ministério mantém também tratativas com a farmacêutica Moderna e a Sinopharm – esta ainda em estado inicial – para a compra de mais 13 milhões de doses, que não entraram na soma total apresentada pelo ministro.
Pazuello informou que no fim de semana se reuniu com governadores do Nordeste e que as 37 milhões de doses compradas por eles serão custeadas pelo governo federal e distribuídas pelo Programa Nacional de Imunização.
O titular do ministério apresentou uma previsão de 38 milhões de doses em março. Neste total estão oito milhões de doses da farmacêutica indiana Bharat Biotech, que ainda não obteve registro definitivo nem para uso em caráter emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministro destacou que até o final do 1º semestre o programa de vacinação terá contemplado todos os públicos prioritários, e que até 2021 ele poderá atingir a totalidade dos brasileiros, com exceção daqueles contraindicados para receber a vacina ou sem eficácia ainda comprovada em testes, como imunodeprimidos, gestantes e crianças.
“Vamos vacinar até o meio do ano grupos prioritários e uma boa parte da população. Chegaremos à metade [da população]. E vamos chegar até o fim de 2021 com toda a população. Com a oferta de vacinas crescendo é provável que a velocidade aumente”, ressaltou.
*Matéria atualizada para acréscimo de informações durante a coletiva.
Fonte : Agência Brasil