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Uma das etapas mais importantes nos exames RT-PCR que detectam a covid-19 é a extração do RNA viral, procedimento mais demorado no processo. Desde a primeira fase de funcionamento do Laboratório de Biologia Molecular (Labimol) da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), esse processo era feito manualmente.
Mas, a partir de agora, essa etapa será desenvolvida de forma automatizada com o uso de um extrator automatizado de ácidos nucleicos, chamado Maxwell RSC 48 Instrument. Com esse equipamento, o processo dos exames será mais rápido, reduzindo-se o tempo para disponibilização dos resultados e podendo-se ampliar o serviço de testagem na região Oeste do Pará.
O extrator foi adquirido com recursos do Instituto Alcoa, e os insumos necessários para o novo equipamento foram comprados com recursos do governo do estado do Pará. Os repasses foram feitos por meio da Fundação de Integração Amazônica (FIAM) da Ufopa.
Nessa nova etapa de funcionamento do Labimol, com o extrator automatizado, será possível fazer 48 extrações em apenas 40 minutos. “Isso vai representar um avanço muito grande para o Labimol e, certamente, nós vamos conseguir disponibilizar os resultados dos testes no mesmo dia em que os materiais da coleta chegarem ao laboratório. Com isso, nós teremos um procedimento mais rápido, mais seguro, e uma padronização melhor do processo de extração”, ressaltou o coordenador do Labimol, professor Marcos Prado.
O extrator será usado, inicialmente, para a realização dos testes de covid-19, mas ele também será utilizado para o desenvolvimento de pesquisas da Universidade. “A automatização, a partir desse equipamento, é um passo importante também para o desenvolvimento científico na nossa instituição”, disse Prado.
O treinamento da equipe do Labimol para o uso do novo extrator ocorre nesta quarta-feira, 14 de julho, das 9h às 18h, no espaço do laboratório.
No início da pandemia, no primeiro semestre de 2020, os exames do tipo RT-PCR da região só eram realizados no Laboratório Central (Lacen) da Secretaria Estadual de Saúde, em Belém. O material coletado em Santarém e nos demais municípios do Oeste do Pará era enviado a Belém, em avião cedido pelo governo do estado. Por conta de todo esse processo, os resultados demoravam de 5 a 7 dias para chegar, o que representava muito tempo para um diagnóstico preciso que pudesse orientar as condutas médicas no período da pandemia.
A partir dessa realidade, a Ufopa iniciou um processo de articulação de parcerias para a instalação do Laboratório de Biologia Molecular em Santarém, reunindo os governos municipal e estadual e outras instituições parceiras.
Na primeira fase de funcionamento do Labimol, no período de julho a dezembro de 2020, o laboratório funcionou nas dependências do Hospital Regional do Baixo Amazonas e realizou cerca de oito mil testes para covid-19.
A partir do primeiro semestre de 2021, o Labimol passou a funcionar nas dependências da Ufopa, no prédio do Núcleo de Bioativos, fazendo parte da Central Analítica da Universidade, e realizou mais de seis mil testes, a partir do mês de março até o período atual. Segundo professor Marcos Prado, atualmente, o Labimol é o único laboratório que faz esse tipo de teste molecular para a covid-19 na região Norte do Brasil localizado fora de uma capital. Os resultados são disponibilizados em até 48 horas.
Com o extrator de automatização, que começará a funcionar logo após o treinamento da equipe, será possível disponibilizar os resultados em até 24 horas úteis.
O desenvolvimento do projeto do Laboratório de Biologia Molecular (Labimol) da Ufopa é possível a partir das parcerias importantes estabelecidas com o governo do estado, governo municipal de Santarém, Laboratório Central (Lacen) de Belém, Projeto Saúde e Alegria e Instituto Alcoa.