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No último 23 de julho, foi encerrada a chamada pública do Programa de Alimentação Escolar (PNAE) no município de Alenquer. Foi aprovado o montante de R$ 354 mil em contratos destinados à alimentação escolar dos alunos da rede pública de ensino do município.
Os fornecedores serão 18 agricultores familiares que fazem parte de três assentamentos de reforma agrária localizados na região de Alenquer: Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Paraíso, Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Quilombola Pacoval e Projeto de Assentamento (PA) Curumu.
No âmbito do PNAE, os assentados de reforma agrária em Alenquer são assessorados tecnicamente, desde 2018, pela Incubadora de Economia Solidária da Amazônia (Iecosam), projeto de extensão da Universidade Federal do Oeste do Pará/Campus Alenquer; pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Alenquer e por associações comunitárias, numa estratégia multiatores de fortalecimento dos arranjos produtivos locais.
Para o docente Raoni Azeredo, do curso de Administração no campus da Ufopa em Alenquer e coordenador do Iecosam, “a Covid-19 escancarou a necessidade de ações públicas que possibilitem o abastecimento alimentar e fomento à agricultura camponesa. O PNAE deve continuar a ser prioridade na agenda pública, pois articula a produção da agricultura familiar diretamente para o consumo dos alunos da rede pública. Além do acesso ao alimento nutritivo, o PNAE gera renda e aquece a economia local, visibilizando os agricultores familiares como sujeitos essenciais para o desenvolvimento rural”.
Segundo o professor, o objetivo principal do projeto de extensão é fomentar o trabalho associativo, a agricultura camponesa e a inovação tecnológica, visando à agregação de valores de produtos oriundos as agriculturas camponesas e das florestas em pé, a partir do extrativismo. Além disso, também se propôs a mediação de acesso às políticas públicas. “Percebemos que existia uma ausência no acesso às políticas públicas da agricultura familiar, em especial ao PNAE. Esse programa garante que o município, compre obrigatoriamente, no mínimo, 30% dos produtos da alimentação escolar dos agricultores familiares”, disse Azeredo.