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Servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) monitoraram a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), inseto considerado a maior ameaça à fruticultura nacional, no município de Almeirim (Distrito de Monte Dourado), na divisa com o Estado do Amapá.
A mosca-da-carambola ataca mais de 30 espécies diferentes de frutas, incluindo laranja e tangerina. A presença da mosca afeta diretamente a economia, uma vez que os produtores da região atingida pela praga ficam impedidos de comercializar para outras localidades.
Atualmente, Almeirim (Distrito de Monte Dourado) é o único município que ainda se detecta a presença da mosca da carambola. No Pará, a praga também foi detectada em Breves, Curralinho, Portel, Melgaço e Gurupá, todavia ações da Agência contiveram os focos e agora aguardam os resultados da Análise de Frutos que é uma exigência do Ministério da Agricultura para se mudar o Status desses municípios. Agora, as ações Corretivas à mosca seguem apenas em Monte Dourado.
“Precisamos realizar este trabalho de forma ininterrupta, para nos certificarmos da ausência ou presença da mosca-da-carambola. Por isso, são instaladas armadilhas nos hospedeiros para se monitorar a presença ou não da praga. Sem esta rotina, a praga poderia se disseminar, o que levaria todo o mercado nacional de exportação de frutos in natura se tornar alvo de restrições”, explicou o agente fiscal agropecuário da Adepará, Ronaldo Oliveira, enfatizando a importância do monitoramento constante.
“A Adepará atua de forma permanente nos 144 municípios paraenses com o monitoramento da mosca. Esta semana estivemos em Monte Dourado (Almeirim), pois hoje é o único local que ainda apresenta a praga. Por isso, realizamos lá diariamente as Ações Corretivas, além de ação de monitoramento”, explica Adalberto Tavares, Engenheiro Agrônomo e gerente do Programa de Erradicação da Mosca das Frutas.
Ações- Daí a importância do trabalho da Agência de Defesa Agropecuária do Pará. As ações corretivas se dão em três frentes: detecção, correção e educação. Para identificar a presença do foco da mosca são instalados dois tipos de armadilhas: a Jackson, que captura machos, e a McPhail, que captura machos e fêmeas. Ambas são identificadas e georreferenciadas para possibilitar o monitoramento.
A correção é feita através da pulverização de iscas tóxicas, com os inseticidas adequados, coleta e destruição dos frutos, Técnica de Aniquilamento de Machos (TAM) e investigação de novas áreas. Os frutos da região afetada, que são hospedeiros da praga, não podem transitar para o restante do Estado.
Para garantir o sucesso do Programa, moradores e produtores dos municípios onde a praga já foi detectada e eliminada participam de ações educativas, incluindo a visita de técnicos da Adepará, com o objetivo de conscientizar e esclarecer sobre as ações de combate e prevenção, legislação vigente, trânsito de frutos hospedeiros, danos econômicos e os problemas sociais gerados pela praga.
A Adepará leva ações educativas às comunidades em geral e às entidades representativas de produtores rurais, além de escolas da zona urbana, feiras agropecuárias e outros eventos do setor. Essas ações geralmente são programadas em parceria com órgãos e entidades, e com as próprias comunidades. Nessas ações, que normalmente são realizadas em parcerias com outras instituições e representações rurais, há palestras e vídeos, distribuição de material informativo como panfletos e cartazes informativos dos programas e ações realizadas pela Adepará.
Alerta
A Lei Estadual nº 7.392/2010 prevê penalidades para quem transportar ou vender frutos hospedeiros com a presença do inseto, resultando em apreensão e destruição das frutas, além de multa para quem as transporta ou comercializa.