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Neste sábado(20) é celebrado 50 anos da Consciência Negra. Nas escolas a data tem importante significado a partir da influência dos povos africanos na história do Brasil e pelas ações de combate ao racismo e discriminação.
Nas escolas da rede municipal de Santarém, no oeste do Pará, vinculadas à Secretaria Municipal de Educação (Semed) diversas unidades educacionais realizaram ações alusivas.
A Escola São Sebastião, localizada no Quilombo Murumurutuba, na região de planalto, promoveu na quinta-feira (18), uma programação com o tema “Valorizando o processo histórico da cultura africana no Quilombo Murumurutuba”.
Oficinas de turbantes e tranças, apresentações de danças, desfile da beleza negra e socialização de trabalhos confeccionados pelos alunos foram algumas das atividades realizadas.
Para o gestor da escola quilombola Josivan de Jesus Laurindo, o principal desafio é fazer com que os alunos entendam a importância do auto reconhecimento.
“Quando se fala em consciência negra é fazer com que nossos alunos entendam que a primeira consciência é eu me reconhecer como negro na sociedade e também de lembrar dos antepassados, das lideranças como Zumbi dos Palmares, que teve um grande papel na nossa cultura, no nosso modo de viver”, disse o gestor.
Na escola Maria de Lourdes Almeida, bairro do Livramento, alunos e professores participaram do ‘Projeto Consciência Negra na Escola: Quebrando as correntes da desigualdade racial’.
O professor Luis Ednei da Silva, graduado em História e Pós-graduado em Cultura Afro Brasileira e Africana, é o autor do projeto. Ele explicou como surgiu e qual a importância do mesmo para a escola.
“O projeto surge da necessidade de trazer a comunidade escolar pra dentro de uma discussão, da igualdade e a importância de criação e desenvolvimento deste se dá a partir da necessidade de mostrar a forte influência dos povos africanos na história do Brasil, no que tange a religião, alimentação, música, dança, etnia, costumes cultura, etc”.
Ainda segundo ele, o projeto já está incluído no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e passa a ser uma atividade ‘obrigatória’ do calendário letivo.
Outro educandário a celebrar a data foi a Escola Hilda Mota, no bairro Santíssimo.
Os alunos apresentaram cartazes sobre a cultura negra, danças, desfile da beleza Afro e ainda apresentação de capoeira e teatro.
Já na Unidade de Educação Infantil do Caranazal, a culminância do projeto iniciado no dia 8, será neste sábado (20). A programação será de 8h às 12h. Haverá contação de história Abayoni (confecção de boneca) desfile de moda com turbante, exposição de assessórios africanos, arte africana e Feira Cultural.
O Dia da Consciência Negra foi instituído através da Lei nº 10.639. O documento inclui o tema “História e Cultura Afro-Brasileira” como componente curricular obrigatório das escolas brasileiras. Além disso, instituiu o 20 de novembro como o ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.
O Dia da Consciência Negra é celebrado na data da morte de Zumbi dos Palmares, que ocorreu em 20 de novembro de 1695. Zumbi foi um dos grandes líderes quilombolas do país e teve um papel fundamental na luta e na resistência contra o sistema escravagista da época.