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Projeto Peludinhos da Ufopa pede socorro

Falta de recursos e abandono de animais são os principais problemas enfrentados

Foto: Lenne Santos

 

 

Criado em 2018 com o intuito de cuidar dos animais que viviam na unidade Tapajós da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), o projeto de extensão Peludinhos da Ufopa, coordenado pela professora Cintya de Azambuja Martins lotada  no Instituto de Engenharia e Geociências (Ieg) atende cerca de 100 animais abandonados com comida e remédio e castração.

Cerca de 20 voluntários se revezam para alimentar diariamente os animais na unidade Tapajós. Os animais consomem em média 12 sacos de 25kg de ração por mês, casa saco custa em média R$ 140 reais. “A doação de qualquer valor é muito importante e, muito bem-vindo para gente”, explicou a professora. Ela também disse que o projeto está aceitando voluntários para cuidar dos animais. “Estamos também arrecadando prêmios para realizar uma rifa online a fim de pagar tratamentos nas clínicas veterinárias”, afirmou a professora.

Além da falta de recursos, o projeto enfrenta outro problema: o abandono de animais. “É revoltante”, afirmou ela que denuncia o abandono de animais dentro da unidade Tapajós da Ufopa. “É um problema muito sério que está acontecendo dentro da instituição. [Este]É um projeto de extensão que foi criado com o intuito de cuidar dos animais que já estavam aqui. O projeto Peludinhos da Ufopa não é uma ONG, não temos financiamentos”.

A professora alerta que os comedouros dos animais foram colocados próximos às câmeras de segurança instaladas no campus ela diz que quem abandonar os animais aqui será denunciado, e faz um apelo: “Quem tem animais não abandone, peça ajuda para outra pessoa, mas não abandone, principalmente dentro do campus da universidade, pois isso está prejudicando o projeto,  quanto mais animais, mais alimento e atendimentos [médicos]. O projeto não tem financiamento”.

Ela lembra que abandonar animais é crime previsto na Lei 9.605, de 12 de agosto de 1998 (Lei de Crimes Ambientais), a questão também consta na Constituição Federal. “A pessoa que tem um bichinho tem que ser responsável por ele e ter consciência de que tem que cuidar”, ensina a professora.

Todas as ações do projeto Peludinhos da Ufopa são desenvolvidas por voluntários, alunos de diferentes cursos. Luana Sampaio Vasconcelos é estudante do terceiro semestre do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas. Mesmo com alergia a animais ela faz questão ajudar a cuidar dos gatinhos abandonados.

“Eu me interessei pelo projeto porque quando eu comecei a frequentar o laboratório aqui [na unidade Tapajós] eu via alguns gatinhos por aí, só que eu não imaginava que seriam tantos. Eu me inscrevi porque eu gosto muito de animais, e afinal os bichinhos estão aqui sozinhos, eles foram abandonados, e [destinar] algumas horas do meu dia para cuidar deles, não me custa muita coisa e olha que tenho alergia a pelo de gato e mesmo assim eu venho para cuidar deles”. Ela cita ainda o carinho que recebe dos animais. “A gente ganha carinho, atenção e alguns até reconhecem a gente”, conclui sorridente.

Aluna do curso da Licenciatura de Biologia e Química (Iced) Maria Helena Freitas Medeiros também é uma das voluntárias. “O que me chamou atenção no projeto foi a necessidade de voluntários e colaboradores. Eu via a necessidade de pessoas para alimentar e decidi entrar. Eu também tenho animais em casa, tenho vários gatos é um amor verdadeiro, uma retribuição muito boa, não me custa nada vir aqui [ajudar] a alimentar os animais”.

E ela faz um apelo: “Gostaria de convidar aquelas pessoas que tem interesse em ser voluntários, quem tem disponibilidade, pois é gratificante e vale a pena você tratar bem um animal, pois quando você começa a fazer isso descobre o amor verdadeiro e passa a ser um ser humano melhor”.

Serviço:

Para ajudar o projeto ou se tornar voluntário basta procurar a Professora Cyntia Martins – coordenadora do projeto Peludinhos da Ufopa por meio do telefone (93) 9911993032 (Wats App). A professora lembra que os alunos que se tornarem voluntários do projeto recebem certificado com carga horária válida para as disciplinas.

 

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