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Uma ação coordenada pela Polícia Civil do Pará impediu um roubo a um caixa eletrônico do Banpará localizado dentro do hospital Ophir Loyola, em Belém, nesta quinta-feira, 29. Equipes da Divisão de Homicídios (DH) e da Delegacia de Repressão de Furtos e Roubos (DRFR) estavam monitorando há 30 dias o grupo criminoso que planejava roubar em torno de R$ 1 milhão no ataque marcado para acontecer hoje. No Pará, há mais de sete meses não ocorre nenhum registro de roubo a agência ou posto bancário.
Em decorrência da ação, quatro pessoas foram presas e, ao confrontarem com a polícia, outras três foram atingidas e evoluíram a óbito. Entre os participantes do grupo que não resistiu estava um líder de uma organização criminosa, foragido do sistema prisional, que também era acusado de cometer atentados, sendo homicídios tentados e consumados contra agentes de segurança pública no Estado e possuía mandado de prisão em seu desfavor, sendo investigado ainda na operação Medusa. Ele respondia a mais de dez processos criminais, entre roubo e tráfico de entorpecentes, por exemplo. Um outro integrante usava, inclusive, um crachá falsificado da unidade hospitalar.
O secretário de segurança pública e defesa social do Pará, Ualame Machado, participou junto a outros integrantes do sistema de segurança de uma coletiva à imprensa na sede da Delegacia Geral para dar mais detalhes da ocorrência policial e reforçou que medidas serão feitas para garantir a segurança dos cidadãos de bem.
“A abordagem de hoje se fez necessária naquele momento e naquele local em virtude de evitar um mal maior porque o objetivo era alcançar um uma agência bancária que funcionava dentro de um hospital. Então, obviamente o risco seria bem maior. O estado do Pará, de forma alguma, irá recuar e nós fizemos os procedimentos corretos”, disse.
De acordo com as investigações, a quadrilha planejava o assalto para captar recursos para o cometimento de novos crimes, como explica o delegado-geral, Walter Resende. “É uma quadrilha articulada que atua tanto na questão de homicídios, como também de assaltos. Certamente é uma grande baixa para o grupo criminoso. Eles precisam de dinheiro para financiar suas ações criminosas e esse assalto de hoje pelo o que se tem conhecimento, pretendiam roubar de R$800 mil a R$ 1 milhão, o que serviria para que eles pudessem incrementar suas ações e comprar armas para executar outros crimes aqui no Estado. Junto ao material que foi apreendido, como carros, por exemplo, aprendemos aparelhos celulares que vão ser importantes na nossa investigação”, informou.
O secretário de Administração Penitenciária, Jarbas Vasconcelos, ressaltou que recentemente quatro lideres de organizações criminosas foram presas, sendo duas no Pará e duas em Santa Catarina e reafirmou que o sistema manterá toda a rigidez dentro do cárcere. “O líder da facção criminosa que morreu era uma das pessoas mais violentas que o mundo do crime tinha. Pela primeira vez, quero destacar que existe um governo que enfrenta o crime organizado como nunca antes. Ataques ao Estado estão tendo consequências. Não vamos permitir que o presídio volte a ter adega, festas, mordomias, prostituição como anos atrás. Isso já acabou e não vai mais voltar”, afirmou.
Sobre o fato
Equipes da PC estavam a postos próximo ao hospital monitorando o veículo usado pelo bando quando perceberem a movimentação e agiram para que o roubo fosse evitado. Ao detectarem a presença policial, empreenderam fuga e foram interceptados próximo a travessa 14 de março, em Nazaré.
Um segundo veículo envolvido na ação criminosa e que possivelmente daria fuga ao bando foi interceptado pela Polícia Militar próximo a um supermercado, na mesma travessa. Um homem foi preso e o outro conseguiu entrar dentro do estabelecimento. Policiais Militares realizaram buscas até localizarem o fugitivo. Não houve feridos. “A Polícia Militar fez o isolamento e a contenção no espaço para preservar a vida de pessoas que não tinham nada a ver com a situação, assim preservando a integridade física seja dos consumidores que estavam no local, trabalhadores e de quem passar ao redor onde o fato ocorreu”, afirmou o tenente-coronel PM Orlandino Lima, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar.
As investigações continuam a fim de identificar e prender outros acusados em participar da ação.