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De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), as chuvas que caíram de forma frequente em setembro na Região Metropolitana de Belém e regiões adjacentes aconteceram devido ao aquecimento acima da média do Oceano Atlântico equatorial. Esse aumento de temperatura das águas marinhas gerou um excesso de umidade que ocasionou a formação de nuvens de chuva na porção norte do Pará, nada comum para a época.
“Normalmente, setembro não é um mês chuvoso, mas nas análises feitas pelo Núcleo de Meteorologia da secretaria, a ocorrência de chuva foi bem maior do que o esperado, esteve acima da média climatológica que havia sido prevista para a Região Metropolitana de Belém e regiões adjacentes. Uma das explicações para esses eventos de chuvas em nossa região é o aquecimento acima da média do oceano Atlântico”, afirmou o coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Semas, Saulo Carvalho.
Ele explicou que “a faixa norte do estado teve uma maior ocorrência de chuvas intensas, acompanhadas por trovoadas, e também houve episódios isolados de rajadas de vento e de precipitação de granizo. Estas condições estão associadas a anomalias de temperatura da superfície do mar na faixa equatorial, que aumentam o transporte de umidade e favorecem a circulação dos ventos próximo à superfície, dando condições necessárias à formação de nuvens do tipo cumulonimbus”, afirmou o coordenador.
Segundo Saulo Carvalho, a umidade em excesso trazida pelo oceano viajou ao sul do estado. “Apesar de uma menor influência por parte do oceano Atlântico no sul do Pará, o aumento de chuvas nesta região do estado aconteceu pelo mesmo motivo da parte Norte, porque a umidade viaja pelas correntes de ar em altitudes elevadas e chegam ao sul do Pará. No entanto, o índice de precipitação pluviométrica registrado em setembro no sul foi menor do que no norte. Mas como chove pouco por lá, qualquer acumulado de chuva de 100 milímetros já fica acima da média.”