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O Festival dos Botos está sob novo formato em 2022. As apresentações serão individuais e em dias diferentes. A Associação Folclórica Boto Cor de Rosa se apresenta no dia 16 de setembro, e o Grupo Sociocultural Boto Tucuxi no dia 17.
O novo layout foi anunciado pelo prefeito Nélio Aguiar durante entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã de sexta-feira, (27), por ocasião do lançamento da programação oficial do aniversário de 361 anos de Santarém.
A ordem de apresentação foi tirada em sorteio. Participaram os presidentes Miguel Wanghan (Cor de Rosa) e Toninho Araújo (Tucuxi), que na ocasião também assinaram o regulamento do festival.
O Festival dos Botos encena em uma disputa criativa a Lenda do Boto, representada pelo Tucuxi e pelo Cor de Rosa. É realizado na Festa do Çairé, um evento tradicionalmente religioso que louva ao Divino Espírito Santo. As duas festas serão realizadas de 15 a 19 de setembro no Distrito de Alter do Chão, município de Santarém, no oeste paraense.
A mudança ocorre para melhorar a logística do evento. Foi o que afirmou o prefeito Nélio Aguiar. “Nós teremos apresentações na sexta e no sábado. A mudança, tomada em comum acordo com os envolvidos, busca garantir maior conforto e apreciação das apresentações, já que nas edições anteriores o segundo boto começava a se apresentar na madrugada. Agora, com o novo formato será melhor para o festival, para os integrantes e principalmente, para o público.”
Item 01 – Apresentador (comunicação e oratória)
Item 02 – Cantador (timbre e afinação);
Item 03 – Rainha do Çairé (Evolução, indumentária, simpatia e cênica;
Item 04 – Cabocla Borari (Evolução, indumentária, simpatia e cênica);
Item 05 – Curandeiro (fantasia e cênica);
Item 06 – Rainha do Artesanato (Evolução, indumentária, simpatia e cênica);
Item 07 – Boto Homem Encantador (Interpretação, dança e cência);
Item 08 – Boto Animal Evolução (Evolução e originalidade);
Item 09 – Rainha do Lago Verde (Evolução, indumentária, simpatia e cênica);
Item 10 – Carimbó (Coreografia e indumentária);
Item 11 – Organização do Conjunto Folclórico (Disposição e organização dos dançarinos no lago);
Item 12 – Alegorias (Evolução, estética, acabamento);
Item 13 – Letra e Música (Harmonia, fidelidade e acabamento);
Item 14 – Ritual (Evolução e cênica);
Item 15 – Torcida (Animação e adereços);
Item 16 – Sedução (Interpretação, dança e cênica)
A parte folclórica dos Botos foi incluída na programação do Çairé em 1997 e tornou-se disputa festiva em 1999. A competição leva a magia do folclore ao Lago dos Botos, espaço onde é realizado.
O Festival é organizado pelas duas agremiações e coordenado pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc).
“Esse ano, pós pandemia, com o retorno do festival dos botos, nós trazemos mais uma inovação que é esse novo formato de apresentação que será agora em dois dias, dando mais ênfase aos moradores de Alter do Chão e a cultura do nosso povo”, salientou o secretário municipal de Cultura, Luis Alberto – Pixica.
O presidente do Cor de Rosa, Miguel Wanghan, disse que o novo formato vai movimentar mais ainda a economia de Alter do Chão. “Essa inovação ajuda o novo povo nativo de Alter do chão que agora terão duas noites pra faturar bem, pra aumentar sua fonte de renda, então isso é tudo de bom. Nós traremos muitas surpresas. Já estamos trabalhando em cima do nosso tema, que será local, enfatizando a nossa resistência durante a pandemia.”
O presidente do Tucuxi, Toninho Araújo, confirmou a decisão de apresentações em dias diferentes e soltou um spoiler para este ano. “Nós entramos em acordo e, juntamente com o Cor de Rosa, achamos mais adequado as apresentações separadas, justamente pelo tempo, para não ficar cansativo em apenas uma noite, e também em virtude da organização de saída das alegorias, a movimentação da vila em duas noites e muitos outros motivos. Este ano, o Tucuxi trará uma homenagem ao nosso amado Chuica. O tema também já está batido e logo logo vamos lançar.”
Por dois anos consecutivos, em virtude da pandemia da covid-19, o Festival dos Botos não foi realizado e o Çairé foi realizado apenas com a parte religiosa sendo transmitido online. Este ano, a maior manifestação folclórica do Pará retorna ao formato original.