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Cerca de 15 toneladas de pescados são apreendidos na divisa com o Maranhão

Trabalho é considerado essencial como medida preventiva aos recentes casos suspeitos de Síndrome de Haff (doença da Urina Preta) após consumo de peixes

 

Foto: Divulgação

Na madrugada desta terça-feira (05), a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) apreendeu uma carreta com cerca de 15 toneladas de pescados congelados no Posto de Fiscalização Agropecuária (PFA) do Itinga, localizado na divisa com o estado do Maranhão. O trabalho foi feito em conjunto com fiscais do Grupo Agropecuário, Técnico, Tático e Operacional (GATTO) da Adepará.

A apreensão ocorreu após abordagem do condutor do veículo tipo carreta placa MJF7927 que apresentou apenas uma nota fiscal nº 84 (NF) descrevendo 15.672 kg de pescados eviscerado “in natura” que seria descarregado e industrializado no SIE nº 346 localizado em Brasília (DF). A nota fiscal foi emitida pela empresa Compesc Ind. Com. E Navegação Ltda sediada no Oiapoque (AP) e informava como destino a cidade de Brasília (DF).

“No entanto, o condutor se recusou a abrir o compartimento de carga, e com o apoio da Policia Rodoviária Federal (PRF) conseguimos ter acesso parcial por uma pequena porta lateral da carreta através da qual constatamos que no interior do veículo havia também muitas caixas com filé de pescados congelados. Segundo relato do motorista havia peixes inteiros eviscerados e congelados, sendo que ambos os produtos não estão embalados e rotulados por um Serviço de Inspeção Federal (SIF), haja vista que a mercadoria estava transitando entre unidades da federação, contrariando a legislação sanitária vigente”, informou o médico veterinário da Agência, Elton Toda.

O veículo com a carga apreendida será conduzido e escoltado pela Adepará e pela PRF até o município de Belém para que o produto possa ser vistoriado por fiscais estaduais agropecuários (médicos veterinários) em uma Unidade de Beneficiamento de Pescados registrada na Agência sob número SIE 018, localizado no Distrito de Outeiro.

Qualidade

 As fiscalizações fixas e móveis são de extrema importância para manter a regularização sanitária e a rastreabilidade dos pescados que transitam no território paraense. “É uma forma de garantir alimentos seguros e de qualidade ao consumidor paraense”, frisa o diretor de Defesa e Inspeção Animal da Adepará, Dr. Jefferson Oliveira.

Esse trabalho é considerado essencial como medida preventiva aos recentes casos suspeitos de Síndrome de Haff (doença da Urina Preta) após consumo de peixes. Assim, o objetivo dessa e outras ações de fiscalização é garantir ao consumidor a oferta de peixes e produtos derivados de pescados com qualidade e sem risco a saúde pública.

“Por isso é tão importante que o consumidor tenha conhecimento da origem do produto, para que saibamos se ele foi produzido, transportado e acondicionado de acordo com as normas sanitárias, pois essas condições influenciam diretamente na qualidade do produto final. E, o que garante todo esse processo, desde a origem até o compra do produto, é justamente a certificação conferida pelos selos dos órgãos competentes”, alerta o médico veterinário, Dr. Jamir Macedo, diretor geral da Agência de Defesa.

Para ter garantia de que um produto foi fabricado em um estabelecimento registrado e em boas condições de higiene e conservação, o consumidor deve conferir os selos de inspeção impressos no rótulo das embalagens, são eles:

-Serviço de Inspeção Municipal (SIM)
-Serviço de Inspeção Estadual (SIE) da ADEPARA
-Produto Artesanal da ADEPARA
-Serviço de Inspeção Federal (SIF)
-Sistema Brasileiro de Inspeção (SISBI)

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