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De acordo com relatório do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade Federal do Oeste do Pará (Labimol/Ufopa) quanto aos dados do mês de janeiro de 2022, houve aumento dos casos de Covid-19 na região. Do percentual de 32,9% de testes positivos, em dezembro de 2021, passou para 40,8% no primeiro mês de 2022.
Em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa), no mês de janeiro, o Labimol realizou 2.230 testes RT-PCR para detecção da Covid-19. Desse total, 908 testes foram positivos e 1.318 testes negativos, além de 4 inconclusivos.
Segundo o relatório, “no mês de dezembro de 2021 os casos de Covid-19 na região Oeste do Pará atingiram uma relativa estabilidade, embora em patamar elevado. Apesar disso, no mês de janeiro os números voltaram a crescer rapidamente, principalmente em Santarém, maior município da região”.
Dos 1.488 testes realizados em moradores de Santarém, 43,4% (645 testes) foram positivos, 56,5% (841 testes) negativos e 0,1% (2 testes) inconclusivo.
A partir dos dados, os municípios que apresentam os números mais elevados de casos positivos são: Santarém, Itaituba e Mojuí dos Campos.
O coordenador do Labimol, professor Marcos Prado, informou que até os primeiros dez dias de janeiro, o laboratório havia registrados poucos casos de covid-19 na região Oeste do Pará. “A partir do dia 11 em diante percebemos uma elevação muito súbita dos casos com o pico aumentando progressivamente no final do mês de janeiro”, disse ele.
Outra observação é quanto a chegada dessa nova onda aos demais municípios. “Assim como ocorreu ao longo das outras ondas, agora também inicia por Santarém e a tendência é que nos meses de fevereiro e março, principalmente, essa alta de casos possa chegar também aos municípios mais distantes de Santarém”, informou Prado.
Uma questão importante é que, com o avanço da vacinação, a maioria dessas pessoas que estão sendo infectadas desenvolve sintomas mais leves da doença e, geralmente, não têm agravantes, com exceção das pessoas que apresentam comorbidades
Atendimento aos profissionais de saúde
Segundo professor Marcos Prado, uma das dificuldades que se apresenta atualmente é a pressão nos hospitais pelo contágio dos profissionais de saúde que, sendo contaminados, precisam se afastar do trabalho.
“O Labimol tem atendido esses profissionais de saúde, principalmente, do Hospital Regional, do Hospital Municipal e da UPA, com o objetivo de que sejam diagnosticados com a maior rapidez possível”, disse o coordenador do Labimol.