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Nos últimos 6 meses, o Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) atendeu 38 pacientes com quadro delicado de tuberculose. O mês com maior número de internações foi em julho, chegando a um total de 14 pessoas com diagnóstico da doença.
O infectologista Alisson Brandão, que atua no HMS, chama atenção quanto ao tratamento correto, a fim de evitar complicações que leve a uma internação hospitalar. Segundo o médico, esse número aumentou de forma momentânea, ou seja, foi atípico e não representa a totalidade de casos da doença no município.
“O HMS é referência em infectologia e atende todos os casos que evoluem para uma complicação maior. No entanto, a maioria dos casos são acompanhados na atenção básica”, informou.
O SUS oferece o tratamento de forma gratuita nas Unidades Básicas e a taxa de cura é de 100% para quem realiza de forma correta. Mas, de acordo com o Ministério da Saúde, de cada 10 pessoas que iniciam o tratamento, pelo menos uma abandona o uso dos medicamentos.
O especialista da Unidade afirma ainda que o Brasil está entre os países onde existem altos índices da doença, e que a região amazônica é a que mais tem ocorrências endêmicas de casos novos. “A sensibilização da comunidade é muito importante, a doença impõe aos pacientes uma sobrecarga por ser um tratamento longo e difícil, e a exclusão social devido ao estigma e o medo. No entanto, mesmo diante disso, é preciso procurar ajuda, cumprir todas as orientações para ter a cura e não infectar outras pessoas”, reforçou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é que 10 milhões de pessoas adoeçam com a tuberculose por ano. No Brasil, são registrados anualmente cerca de 4,5 mil mortes pela doença, sendo um dos principais motivos para o óbito a descontinuidade do tratamento.
Nos próximos cinco anos os países de baixa e média renda poderão aumentar em 20% o número das mortes por tuberculose, essa informação foi repassada por um estudo publicado na revista The Lancet. O estudo diz que o motivo está associado à interrupção de tratamentos e serviços de saúde causada pela pandemia de covid-19.
A Tuberculose é uma doença infectocontagiosa antiga, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que tem como mais comum a forma pulmonar. A doença é transmitida pelo ar de pessoa a pessoa, através da tosse, fala ou espirro de um doente com a forma pulmonar ou laríngea. O principal sintoma da tuberculose é a tosse com uma duração de 03 ou mais semanas, que pode ser acompanhada por febre ao final da tarde, suor noturno e emagrecimento.
Para prevenir a doença é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG, que protege principalmente contra as formas graves da doença. Identificar precocemente pacientes com a doença e iniciar o tratamento. Após 15 dias de uso regular dos medicamentos, a maioria das pessoas não transmite mais a doença.
Evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar também é uma medida essencial para evitar o contágio. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados.