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Belém (PA) — O número de crimes cometidos com o uso de Inteligência Artificial (IA) cresceu 185% no Pará entre janeiro e setembro deste ano. Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), foram 117 casos registrados em 2025, contra 41 no mesmo período de 2024 e apenas 9 em 2023.
Entre os crimes mais comuns estão estelionato, falsa identidade, fraude eletrônica e apropriação indébita. A tecnologia tem tornado os golpes mais sofisticados, como o golpe do falso advogado e a clonagem de voz por ligação, que já se espalham em várias regiões do país.
A delegada Jacyara Sarges, da Divisão de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Pará, explica que esse tipo de golpe usa IA para simular vozes humanas de forma realista:
–O criminoso grava a voz da vítima em chamadas mudas e depois se passa por um parente ou gerente de banco, pedindo transferências ou dados pessoais.
Ela orienta a população a não interagir com chamadas silenciosas e ativar filtros contra números desconhecidos no celular.
Outras fraudes envolvem deepfakes, que criam vídeos e áudios falsos, e phishing personalizado, no qual a IA escreve mensagens mais convincentes e sem erros para enganar as vítimas.
O presidente da Comissão de Inovação da OAB-PA, Rafael Tupinambá, avalia que a legislação brasileira ainda apresenta lacunas para lidar com crimes mediadas por IA.
“O Código Penal não prevê punições específicas para condutas cometidas por sistemas inteligentes. Por isso, é urgente avançar na regulamentação do uso da IA no Brasil”, afirma.
Tupinambá destaca que o Projeto de Lei 2.338/2023, que cria o Marco Regulatório da Inteligência Artificial, está em regime de urgência no Congresso e deve ser votado ainda este ano, antes da reunião do G20.
Entre as orientações para se proteger estão: