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No dia 1º de julho, o Zoológico da UNAMA (ZOOUNAMA), em parceria com a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres – Renctas, dará início a uma expedição pelo Rio Amazonas, na comunidade do Igarapé do Costa, no município de Santarém, Pará. Trata-se da soltura de espécimes de peixes-boi que passaram pelo “Projeto Peixe-boi” e agora serão reintroduzidos à natureza e monitorados por um rádio transmissor adaptado para a densidade do rio. A embarcação sairá às 8h do Porto, em frente à Praça Tiradentes, na Avenida Tapajós.
Neste primeiro dia, serão seis animais serão soltos. Esta é uma das principais ações de Responsabilidade Social e Ambiental do ZOOUNAMA e do grupo Ser Educacional, mantenedor do zoológico, no Baixo Amazonas. Isso porque o mamífero de água doce encontra-se ameaçado de extinção por causa da caça predatória e comercial.
Hipocrates Chalkidis, biólogo que coordena o jardim zoológico, destaca que, para reverter o quadro de ameaça à extinção, projetos como estes são fundamentais, pois fortalecem o compromisso com a biodiversidade existente na fauna e flora brasileira, em especial na Amazônia. “O Projeto Peixe-boi, do ZOUNAMA, é o único do estado do Pará que possui uma unidade na área urbana e uma unidade flutuante na região de rios. Nosso projeto surgiu da necessidade de abrigar os filhotes órfãos e que tiveram uma segunda chance de viver”, ressalta.
Para que estes animais tivessem uma segunda chance, foi necessária uma rede de apoio multidisciplinar. Neste projeto, estão envolvidos, por meio dos órgãos ambientais, comunidades ribeirinhas e profissionais comprometidos com o manejo e bem-estar animal para um resultado satisfatório, biólogos, médicos veterinários, tratadores, entre outros.
Peixe-boi da Amazônia
Endêmico da Bacia Amazônica, o peixe-boi (Trichechus inunguis) se distribui por todos os principais afluentes, rios menores e lagos, desde o Peru, Colômbia e Equador, até a foz, no Atlântico. No Brasil, ele está presente em praticamente todos os principais rios da Amazônia, mas é limitado por cachoeiras, corredeiras e por barragens. Ele é essencialmente herbívoro, não-ruminante e alimenta-se, principalmente, de plantas aquáticas e semiaquáticas, raízes e vegetação de áreas alagadas, incluindo frutos de palmeiras e dos igapós.