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Belém viveu uma noite histórica neste sábado (1º) com o Global Citizen Festival: Amazônia, evento que transformou música e mobilização em compromisso pela floresta. O festival reuniu cerca de 50 mil pessoas no estádio do Mangueirão e encerrou a programação com o anúncio de R$ 1 bilhão arrecadados para ações de restauração e proteção da Amazônia.
A edição em Belém foi a primeira do Global Citizen realizada na América Latina e antecede a COP 30, conferência mundial sobre o clima que acontece este mês na capital paraense.
Durante o evento, artistas e lideranças fizeram discursos contra o garimpo ilegal, o desmatamento e a exploração de petróleo na Foz do Amazonas.
O público cantou junto com artistas nacionais e internacionais. Chris Martin, do Coldplay, dividiu o palco com Anitta em um dueto que arrancou aplausos e iluminou o Mangueirão com as lanternas dos celulares.
Também se apresentaram Gilberto Gil, Seu Jorge, Daniela Mercury, Gaby Amarantos, Viviane Batidão e Charlie Puth, que encantou a plateia com sua performance ao piano.
A cultura paraense ganhou destaque com o Arraial do Pavulagem, patrimônio cultural do Brasil, que levou o colorido das fitas e o tradicional boi azul para o palco.
O festival contou com a presença da primeira-dama Janja da Silva, das ministras Sônia Guajajara e Marina Silva, e de apresentadores como Regina Casé, Hugo Gloss, Isabelle Nogueira e Rodrigo Santoro.
Além dos shows, o evento trouxe uma exposição de esculturas da Jaguar Parade, com onças-pintadas produzidas por artistas amazônicos, e três árvores artificiais instaladas nas áreas de acesso ao estádio — uma delas feita de lixo eletrônico.
No final da noite, o cofundador do Global Citizen, Mick Sheldrick, anunciou que a meta de arrecadar US$ 1 bilhão (equivalente a R$ 1 bilhão) havia sido atingida:
–Queremos enviar um chamado claro para que governos, empresas e fundações invistam nos povos que protegem a floresta, declarou Sheldrick.
Com mensagens poderosas e uma plateia engajada, o Global Citizen Festival mostrou ao mundo que a Amazônia tem voz, cultura e resistência.
