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Um dos animais que mais causam preocupação quando aparecem nas residências são os escorpiões. Desde o dia 1º de janeiro deste ano já foram registrados 15 acidentes com animais peçonhentos.
Nesta quarta-feira(25) uma mulher foi picada por um escorpião preto uma frutaria onde foi comprar uma palma de banana para a mãe, e ao escolher e segurar o fruto sentiu uma picada. De acordo com Eliara Bendelack ela não imaginava que era um escorpião.
“Eu falei para o dono da venda que estava atendendo que eu tinha sentido um choque no dedo, doeu bastante, eu achei que era uma abelha. Eu descobri o que de fato era quando uma banana soltou da palma, o escorpião caiu em cima do balcão. Eu tomei um susto enorme”, disse ela.
Após o acidente, ela se dirigiu ao Pronto Socorro Municipal(PSM) com o escorpião morto em um recipiente. A equipe multiprofissional,aplicou o soro e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar do HMS (NVEH) realizou a notificação.
Segundo o infectologista do HMS, Dr. João Assy, existem centenas de espécies de escorpiões e nem todas causam problema grave de saúde, no entanto, ele alerta que quando alguém for picado que se dirija ao Hospital.
“Na nossa região, a espécie que causa um problema maior de saúde é do tipo preto da Amazônia. Então é feito uma análise para aplicar o soro e evitar complicações e até a morte, essas espécies de animal gostam de entulho, madeira, nesse caso, muito cuidado ao limpar a casa ou o quintal, ele pode grudar na roupa, entrar no sapato e ficar em meio a objetos, frutas. A época mais comum é no verão, porém nesse período não são descartados casos”, orienta.
O HMS é referência no Oeste do Pará nesse modelo de acolhimento e tem o NVEH, que é credenciado e reconhecido pelo Ministério da Saúde para fazer a identificação, notificação e manejo dos acidentes com animais peçonhentos, que inclui os acidentes com escorpiões.
Em 2022, o Hospital recebeu 271 pacientes após picada de escorpião e em 2021 foram 196 atendimentos. Neste mês, até o momento, a equipe assistencial já acolheu 15 pessoas, incluindo o caso na área urbana, no bairro Santa Clara. Em geral, as notificações ocorrem no planalto santareno e em outras áreas da zona rural de Santarém.