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Hospital Regional do Baixo Amazonas incentiva a doação de órgãos - PRINCESA 93.1 FM

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Hospital Regional do Baixo Amazonas incentiva a doação de órgãos

Desde 2012 a unidade é habilitada pelo Ministério da Saúde na captação de múltiplos órgãos, e acaba de lançar o projeto ‘A vida precisa continuar’

Equipe médica do HRBA durante procedimento de transplante, antes da pandemia -Foto Comunicação Pró-Saúde

Em alusão ao Setembro Verde, mês que promove a conscientização sobre a importância dos transplantes de órgãos, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, lançou nesta quarta-feira (1º) a campanha “Converse com sua família. Doe Órgãos. A vida precisa continuar”.

A campanha tem como objetivo integrar as ações de incentivo e conscientização sobre a doação de órgãos no País, prestando orientações, esclarecendo dúvidas e combatendo mitos envolvendo o procedimento. No hospital, o Setembro Verde segue até o dia 30 de setembro, com diversas atividades.

O HRBA  é habilitado desde o ano de 2012 pelo Ministério da Saúde na captação de múltiplos órgãos, bem como tem habilitação para o transplante de rins, desde novembro de 2016. No período, até o final do mês de agosto deste ano, o Regional do Baixo Amazonas já realizou a captação de 138 órgãos e realizou 62 transplantes de rins.

Durante o lançamento da campanha, no auditório do hospital, participaram profissionais de saúde, a direção da unidade e até mesmo ex-pacientes. Entre eles, estava o servidor público Alexsandro Tenório, de 33 anos. Ele foi o 6º paciente a receber um transplante de rim no HRBA, no ano de 2017.

“Quando uma família diz sim a doação de órgãos, há continuidade da vida”, disse Tenório durante o evento. “Eu fiz hemodiálise por anos, era muito difícil, mas tinha esperança de que venceria”, comenta.

Alexsandro descobriu a doença renal em 2021. Ele conseguiu realizar o transplante e conseguir um novo rim com a ajuda da mãe, que foi a doadora.

O médico Antônio Carlos, coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO Tapajós), explica que existem dois tipos de doadores: os doadores vivos, como no caso da mãe do Alexsandro, e o doador falecido. Neste caso, são pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de acidentes, como traumatismo craniano, ou AVC (derrame cerebral).

“A partir do momento que existe a morte encefálica, fazemos a manutenção do paciente, que passa a ser um doador elegível. Posteriormente é feita abordagem à família porque a doação dependerá da aceitação e autorização exclusivamente da família”, explica.

A OPO Tapajós está instalada nas dependências do HRBA e tem como objetivo identificar potenciais doadores para fins de transplantes em toda a região Oeste do Pará. A entidade também é a responsável por buscar o consentimento dos familiares para que ocorra a efetiva doação de órgãos.

“Pacientes crônicos hoje, principalmente os renais em nossa região, necessitam realizar cirurgias de transplantes para ganhar qualidade de vida. Sabemos que o momento da perda de um familiar é doloroso, mas não se trata apenas de perder, mas sim de proporcionar uma nova vida a alguém”, ressalta Alberto Tolentino, médico e coordenador da Equipe Cirúrgica de Transplante Renal do HRBA.

Segundo dados da OPO, nos últimos 5 anos, dos 73 doadores elegíveis identificados, a taxa de aceitação das famílias foi de 42%, sendo 58% de recusa.

“Nestes dois anos de pandemia tivemos uma queda expressiva no número de doações e consequentemente redução na quantidade de transplantes renais em nosso hospital. Porém, a quantidade de pessoas que precisa de um órgão não diminuiu. Então, o Setembro Verde vem reforçar e lembrar a necessidade de doações em nossa região, pois sem a doação, não existe transplante”, explica o médico nefrologista, Emanuel Esposito, coordenador do Serviço de Transplantes do HRBA.

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