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Uma investigação internacional revelou a estrutura bilionária por trás de aplicativos de streaming pirata como My Family Cinema e TV Express, usados por milhões de brasileiros. O esquema foi desarticulado na Argentina, onde operava um verdadeiro RH da pirataria, com escritórios, funcionários registrados e faturamento estimado em até R$ 1 bilhão por ano.
Segundo a Alianza, associação de combate à pirataria audiovisual na América Latina, cerca de 4,6 milhões de usuários no Brasil utilizavam os serviços, que ofereciam acesso indevido a filmes, séries e transmissões esportivas por valores entre R$ 16 e R$ 27 mensais. No total, havia mais de 6 milhões de assinantes ativos em toda a América Latina.
A operação teve início após denúncias apresentadas ao Ministério Público Fiscal de Buenos Aires, em setembro de 2024. Em agosto deste ano, a Justiça argentina autorizou buscas em quatro escritórios que aparentavam ser empresas legítimas, mas atuavam como centrais de distribuição de conteúdo pirata.
Em um dos locais, a polícia encontrou cerca de 100 funcionários registrados formalmente, além de equipamentos e valores expressivos: 88 notebooks, 568 cartões de recarga, 9,4 milhões de pesos argentinos, US$ 3.900 em espécie e carteiras digitais com US$ 120 mil em criptomoedas.
A Anatel informou que não participou da investigação, mas reforçou o alerta aos consumidores sobre o uso de TV boxes ilegais e a importância de adquirir apenas equipamentos certificados pela agência, evitando riscos à segurança e a práticas ilícitas.
Até o momento, 14 plataformas já foram derrubadas, e o número deve chegar a 28 até o fim de novembro. A investigação contou com apoio de entidades internacionais, como La Liga, organizadora do Campeonato Espanhol.