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Um dos nomes mais importantes da música brasileira, cantor e compositor mineiro estava internado desde 17 de outubro. A morte foi confirmada pela família do artista nesta segunda-feira (3).
Morreu neste domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte, o cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do Clube da Esquina e um dos nomes mais marcantes da música brasileira. A morte foi confirmada pela família na manhã desta segunda-feira (3).
Segundo o hospital onde ele estava internado, o artista morreu às 20h50, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Lô Borges estava hospitalizado desde o dia 17 de outubro, após sofrer uma intoxicação por medicamentos. Durante o tratamento, passou por uma traqueostomia e estava internado na UTI.
Lô Borges ficou eternizado por composições que marcaram gerações, como O Trem Azul, Paisagem da Janela e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, clássicos criados ao lado de Milton Nascimento.
Sexto filho de uma família de 11 irmãos, Salomão Borges Filho nasceu no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte. Ainda criança, mudou-se para o centro da cidade, onde conheceu Milton Nascimento, com quem daria início a uma das parcerias mais simbólicas da MPB.
O encontro com Beto Guedes veio pouco tempo depois, também por acaso, e deu origem à amizade que ajudou a formar o movimento Clube da Esquina, um marco da música mineira e brasileira.
O grupo reunia jovens músicos que misturavam MPB, rock progressivo, jazz e sons latino-americanos, transformando a cena cultural dos anos 1970.
Em 1972, Lô Borges lançou com Milton Nascimento o histórico álbum Clube da Esquina, eleito o maior disco da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil e o nono melhor álbum de todos os tempos pela Paste Magazine, dos Estados Unidos.
No mesmo ano, o cantor lançou seu primeiro disco solo, conhecido como o Disco do Tênis, também considerado uma obra-prima.
O Brasil se despede de um dos maiores poetas sonoros do país, um artista que fez da simplicidade e da melodia mineira um hino eterno da música brasileira.
