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Boas práticas na gestão de resíduos e projetos que abordam a educação ambiental dentro e fora de indústrias paraenses estão contribuindo para preservar o meio ambiente em municípios paraenses.
Neste sábado(5) é comemorado o Dia do Meio Ambiente três experiências mostram os resultados positivos destas iniciativas. Gerenciamento de resíduos sólidos envolvendo toda a sua cadeia: geração, separação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte e destinação final, vem sendo uma rotina nas operações em todo o Pará da Imerys, mineradora que atua com caulim no município paraense de Barcarena.
Desde o começo deste ano, a empresa aderiu ao Sistema MTR on-line. O Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) permite a rastreabilidade dos resíduos gerados e destinados. “Para utilizar o Sistema MTR Online a geradora, transportadora, armazenadora temporária e destinadora de resíduos deverão se cadastrar no sistema. O gerador é o responsável exclusivo por emitir o MTR no SINIR, para cada remessa de resíduo enviado para destinação”, explica Marcos Vasconcelos, técnico em Meio Ambiente da empresa.
Na empresa, é aplicado um modelo de gestão para a coleta segregada já na fonte geradora, de forma a ter um manuseio seguro sem comprometer a saúde dos colaboradores. De acordo com Marcos, todas as instalações da planta e porto da Imerys em Barcarena possuem coleta seletiva com destinação posterior dos resíduos nas Estações de Coletas de Resíduos e Central de Materiais Descartáveis (CMD).
“Além disso, temos um eficiente controle dos diversos tipos de resíduos gerados em todos os setores. Depois de selecionados, eles são prensados, a fim de serem estocados e posteriormente comercializados. Os resíduos que possuem elevado potencial para serem reciclados são comercializados pela Imerys com empresas licenciadas e especializadas que os utilizam como matéria-prima em seus processos”, conclui o técnico de Meio Ambiente.
Em Terra Santa, oeste do Pará, o equilíbrio harmônico entre a criação de abelhas, produção de mel silvestre e de árvores frutíferas é um dos grandes benefícios gerados pelo Projeto de Meliponicultura, iniciativa do Programa de Educação Socioambiental da Mineração Rio do Norte (MRN), que viabiliza ações de educação ambiental e assistência técnica a produtores rurais para desenvolver suas atividades. Realizado em cumprimento de condicionantes do Ibama, o projeto tem parceria da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Terra Santa.
O novo ciclo do projeto começou em março e segue até dezembro deste ano junto a 20 famílias das comunidades de Jauaruna, Alema e Urubutinga. Por conta da pandemia, visando garantir a saúde preventiva das comunidades envolvidas, foram priorizadas as visitas e orientações técnicas.
“Nas visitas técnicas, verificamos a manutenção das caixas, a coleta do mel para avaliação de qualidade e orientamos sobre os cuidados com higiene e o manejo adequado. Observamos que as boas práticas geraram melhorias na produtividade. A média anual é de 200 litros produzidos por todos os participantes do projeto”, relata Danilo Cavalcante, coordenador técnico do projeto.
O engajamento dos produtores mesmo diante das adversidades deste momento de pandemia demonstra os resultados positivos do projeto. “Acompanhamos a participação das 20 famílias de Terra Santa, que seguem as orientações técnicas e no tão esperado dia da coleta comprovam a produtividade do mel, gerada pelas boas práticas de manejo, compartilhadas pelo projeto”, declara Jéssica Naime, gerente de Relações Comunitárias da MRN.
Os valores, em média, do litro do mel variam entre R$ 70 a R$ 110. Por conta da grande procura pelo produto em Terra Santa, a comercialização incrementa a renda de produtores como Miracélia de Souza, da comunidade de Jauaruna, que participa desde o início do projeto. Segundo ela, os aprendizados contribuem para garantir maior produtividade em suas criações de abelhas e com o aumento da produção de plantações frutíferas por meio da polinização das flores, realizada por abelhas sem ferrão. “Com as abelhas polinizando mais minhas fruteiras, como laranjeiras e pés de maracujás, elas geram mais frutos. Também consegui produzir e vender mais mel, garantindo 50% da minha renda com estas vendas”, conta a produtora.