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Onze mulheres vítimas de violência doméstica que são atendidas através do Centro de Referência Especializado de Atendimento as mulheres vítimas de violência Centro Maria do Pará, participaram na terça-feira (25) da primeira oficina geradora de renda de 2022.
A coordenadora do Centro Maria do Pará Poliana Braga falou sobre o início das atividades de 2022. “Estamos com as melhores expectativas para este ano. Aqui temos mulheres determinadas, que tem carinho pelo que faz. Estamos com um grupo de mulheres que sofreram muito, mas hoje encontraram uma terapia ocupacional em nossas oficinas. Nossas reuniões acontecem toda última quinta-feira do mês e estamos sempre trazendo surpresas para elas. Temos mulheres que já conseguiram exportar sua produção para Portugal sendo acompanhada por só um ano e que hoje estão ganhando o mundo com suas produções.”
Poliana informou ainda sobre o cronograma de atividades ao longo do ano. “Já estamos com um calendário anual definido, mês a mês estaremos desenvolvendo uma atividade e também palestras sobre temas importantes”, finalizou a coordenadora
As usuárias participaram animadas com a oficina e com a oportunidade em conseguir mais uma fonte de renda através do próprio trabalho.
“Aqui no Maria do Pará já aprendi muitas coisas, participo desde o ano passado, já aprendi fitilho em toalha, decoração em sandália, caderno, fuxico, e hoje eu já tenho independência financeira, emocional e espero continuar aprendendo e vendendo.”
Uma outra usuária segue em acompanhamento há 1 ano e dois meses e falou como tem sido a vida até então. “Está sendo maravilhoso, desde que estou aqui tenho aprendido cada dia mais. Daqui há uns dias pretendo vender, no momento só estou presenteando. Quero aprender cada vez mais para poder ter uma renda. Eu agradeço a todos do Maria do Pará”.
No Centro, há ainda uma usuária há 6 anos que contou que já participou de 37 oficinas dentro do espaço.
“Hoje sou massoterapeuta, poetiza, tenho curso de computação e libras. Esse retorno está sendo ótimo, levantou minha autoestima. Sou epilética e as oficinas ajudam muito em minha saúde mental. Através da massoterapia já consigo uma renda”, confidenciou a usuária.
A secretária municipal de Trabalho e Assistência Social Celsa Brito observou ser muito importante possibilitar o momento para as mulheres vítimas de violência.
“Nosso objetivo é além de acompanhar essa vítima, proporcionar uma forma de buscar sua autonomia, para que ela se sinta empoderada a mudar a história de sua vida”, observou Celsa.