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Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm recebido uma série de ações de assistência e visibilidade, como a carteira de identificação da pessoa com TEA, a Ciptea, lançada há um ano. O documento resulta das realizações da Coordenação Estadual de Políticas para o Austimo (Cepa) e permitiu a criação da primeira base de dados sobre pessoas diagnosticadas, que já registrou mais de 5 mil cadastros.
Delcinalva Siqueira é a mãe do pequeno Miguel do Rosário Siqueira, de 6 anos, e destaca a importância da carteira para o dia a dia do filho e da família. “Desde o início do seu diagnóstico, tínhamos a necessidade de algo para identificá-lo para a sociedade. Era ruim ficar andando com laudo ou explicando quando ficava desorganizado ou tinha comportamentos inadequados. Com a carteirinha ficou mais fácil. Andamos por todos os lugares com ela e somos mais compreendidos diante de alguma situação que vier a ocorrer, seja de prioridades ou empatia da sociedade”, conta Delcinalva.
A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista foi criada pela Lei 13.977/2020, a chamada Lei Romeo Mion e visa garantir acesso a atendimento integral e prioritário das pessoas com TEA. “É uma importante garantia de direitos e cidadania porque precisamos levar em consideração que o autismo é uma deficiência invisível, então as pessoas as famílias tinham muita dificuldade em ter acesso a esses direitos de prioridade por conta dessa invisibilidade da deficiência”, relata Nayara Barbalho, titular da Cepa.
Nayara diz que é emocionante cada entrega de carteira, uma vez que a causa do autismo esteve por muitos anos invisível e desassistida no Pará. “É importante ressaltar que a carteira de identificação está atrelada a um cadastro que cria a primeira base de dados sobre o autismo do Estado do Pará, tendo em vista que, para a programação de políticas públicas nós precisávamos ter uma base sobre o transtorno do espectro autista. Esse cadastro é feito 100% online para que todas as pessoas possam ter acesso e nós já estamos com uma média de 5 mil pessoas cadastradas”, informa a coordenadora.
Para o titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Romulo Rodovalho, a situação é de avanço. “O lançamento da Ciptea foi um momento histórico da saúde pública paraense. Com o cadastro feito a partir do documento, conseguimos informações necessárias para o melhor planejamento e realização de políticas públicas para pessoas com autismo, consolidando a referência do Governo do Estado no atendimento a esse público”, pontua o secretário.
Para saber mais sobre a carteira de identificação de pessoas com TEA, clique aqui.