Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O mês de abril começou com fortes chuvas em Belém e outros municípios do Pará, depois de um mês de março com altos índices pluviométricos, apresentação de rajadas de vento, raios e trovoadas.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), mais chuvas são esperadas para abril, principalmente nas regiões Nordeste, Baixo Tocantins e Oeste, com previsões de índices acumulados acima da média.
De acordo com a Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica, coordenada pela Semas, há previsão de acumulados de chuvas dentro da média no setor norte do Arquipélago do Marajó, na região do Tapajós e na parte norte da região Sudeste. Já a região Sul e o extremo Sudeste podem esperar menos chuvas do que o normal para essa época.
“De fato, o mês de março foi marcado por chuvas volumosas em boa parte do Estado, com destaque para alguns dias com eventos de vendaval e grande incidência de raios. Essa situação se deve, em parte, a dias com grande instabilidade atmosférica em decorrência do aquecimento em superfície, que leva à formação de nuvens cumulonimbus, liberando enormes quantidades de energia convertida em rajadas de vento e descargas elétricas”, explica o coordenador do Núcleo de Hidrometereologia da Semas, Saulo Carvalho.
Segundo ele, apesar de na estação meteorológica de Belém o índice pluviométrico ter ficado dentro do esperado – 94% da média climatológica para o mês -, houve chuvas acima da média nas regiões Nordeste, Marajó, Tapajós, Baixo Amazonas, Calha Norte, Baixo Tocantins e parte da região Sudeste do Pará. “Por outro lado, nas regiões do litoral do Estado, que envolvem a região do Salgado e parte marinha da Ilha do Marajó, as chuvas ficaram bem próximas do que é considerado normal para o mês de março”, acrescenta o especialista.
Já os nevoeiros, que durante o último mês chamaram a atenção nas manhãs da capital, são formados pela suspensão de gotículas d’água na atmosfera e têm como principal efeito a redução da visibilidade horizontal. “O fenômeno é causado em geral em noites frias e com vento calmo, além da presença de muito vapor d’água. O nevoeiro desta madrugada e início da manhã desta quinta (1º) restringiu a visibilidade em até 250 metros”, informa Saulo Carvalho.
À medida que o ar úmido se aquece na superfície terrestre, mais leve se torna e sobe rapidamente para a atmosfera. Quando esse ar carregado de vapor d’água se encontra com as temperaturas mais frias nos níveis superiores da atmosfera, gotículas de água e gelo se formam e colidem entre si dentro das nuvens, formando cargas elétricas muito altas, que acabam descarregando em parte na superfície terrestre. Esse fenômeno provoca raios e trovões, que sempre inspiram cuidados.
Saulo Carvalho ressalta que, diante da incidência de raios é preciso tomar algumas precauções, como: não ficar em áreas desprotegidas; não subir em locais altos; não ficar dentro ou muito próximo de locais com água; não ficar embaixo de árvores; não ficar próximo a objetos metálicos e, mesmo em casa, é preciso se proteger e não usar equipamentos elétricos e nem celular conectado ao carregador. Também não se deve tomar banho em chuveiro elétrico, ficar próximo a janelas, portas, torneiras e canos de metal.