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Belém (PA) — A Polícia Federal definiu o plano de segurança que será executado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece de 10 a 21 de novembro, em Belém. As ações, iniciadas em 1º de outubro, têm o objetivo de garantir a proteção de um número recorde de delegações internacionais e, ao mesmo tempo, assegurar o direito à liberdade de expressão durante o evento.
O planejamento da corporação foi estruturado em três eixos principais: diplomacia e segurança das delegações, reforço logístico e garantia da liberdade de manifestação.
No primeiro eixo, voltado à diplomacia e às delegações, o foco está na proteção de autoridades estrangeiras e na articulação geopolítica entre países com visões diferentes sobre as mudanças climáticas. O evento deve reunir representantes de mais de 190 nações, o que exige um esquema de segurança especial e adaptado à complexidade da agenda.
O segundo eixo envolve o reforço logístico, que compreende a intensificação das ações de imigração, fiscalização de portos — especialmente o Porto de Outeiro, que receberá navios de cruzeiro — e segurança aeroportuária, incluindo o trabalho na Base Aérea de Belém, por onde chegarão chefes de Estado e ministros estrangeiros.
O terceiro eixo trata da liberdade de manifestação. A COP30 será um espaço central para povos originários e movimentos sociais de todo o mundo expressarem suas pautas climáticas. A PF atuará para proteger os manifestantes, estabelecer perímetros de segurança e garantir uma convivência pacífica entre os diferentes grupos sociais, sem comprometer o funcionamento da cidade.
O plano envolve o emprego de cerca de 1,2 mil servidores da corporação, entre policiais e administrativos. O esquema também inclui equipes dedicadas à segurança em aeroportos e portos, ações de prevenção a crimes cibernéticos e terrorismo, além de varreduras e contramedidas antibombas.
De acordo com informações da instituição, a conferência em Belém será a primeira realizada na Amazônia brasileira, marcando o Brasil como um dos principais palcos internacionais para o debate climático e para a livre manifestação de povos tradicionais.
Nos últimos anos, as edições da COP ocorreram em Baku (Azerbaijão, 2024), Dubai (Emirados Árabes, 2023), Sharm el-Sheikh (Egito, 2022) e Glasgow (Escócia, 2021).
Paralelamente ao evento, o governo brasileiro montou a Aldeia COP, um espaço destinado a receber povos indígenas do Brasil e de outros países. A estrutura ocupa 72 mil metros quadrados na Universidade Federal do Pará (UFPA), com cerca de 15 mil metros de área construída.
O local servirá como acampamento e palco para atividades culturais, espirituais e políticas durante o período da conferência. A expectativa é de que 3 mil indígenas participem da programação.
A Aldeia COP é coordenada pelo Ministério dos Povos Indígenas, em parceria com a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e a Fepipa (Federação dos Povos Indígenas do Pará).