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Mais de 150 professores da rede municipal de ensino de Santarém, no oeste paraense, participam de uma capacitação da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e também em Braille. A iniciativa é uma colaboração entre as Secretarias Municipais de Educação (Semed) e de Trabalho e Assistência Social (Semtras).
Os cursos são coordenados pela Divisão de Educação Especial da Semed em parceria técnica do Núcleo de Direitos da Pessoa com Deficiência (NDPD) da Semtras. A aula inaugural ocorreu na noite desta terça-feira(15) na Escola de Artes Emir Hermes Bemerguy e se estenderá até o dia 28 de junho, com aulas ministradas às terças e quintas-feiras no período noturno.
A formação continuada é voltada para professores do Ensino Regular e do Atendimento Educacional Especializado (AEE) que atende mais de 40 alunos matriculados nas classes regulares de ensino da Rede Municipal. Os alunos possuem especificidades como surdez, baixa visão e deficiência visual.
No ano passado, o curso de Libras foi realizado em três polos, nas escolas Hilda Mota, Princesa Isabel e Ubaldo Correa. Esse ano o número de pólos subiu para sete, além dos três supracitados, haverá um polo na BR163, outro na Curua-Una, um na região de rios e o sétimo polo atenderá o curso de Braile e deficiência visual.
O coordenador da Divisão de Educação Especial da Semed, Marcicley Caldas Nogueira, destacou que a ideia é viabilizar a inclusão. Ele ainda ressaltou que o certificado entregue ao final dos cursos terá validade em todo o território nacional.
“O objetivo é capacitar professores da Educação Infantil ao 9º ano da rede municipal de ensino em Libras disseminando a língua no contexto escolar possibilitando a comunicação e inclusão educacional de surdos, baixa visão e cegos”, disse Marcicley.
Ainda segundo Marcicley, além dos sete polos, haverá um oitavo, o polo plus, exclusivo para formação de servidores. Esse irá funcionar no Colégio Maria de Lourdes no bairro Livramento.
A professora Ana Cleude está responsável pelo ensino da língua em Braile. Ela informou como será feito o repasse do conteúdo.“O ensino será teórico e prático, iremos repassar informações sobre a baixa visão e o Braille será dado usando a reglete (um dos primeiros instrumentos criados para a escrita Braille), a praticidade, aprendendo o código em si e as 64 combinações.”
Ainda conforme Ana Cleude, o aluno com baixa visão não fará uso do Braille e sim de caracteres ampliados e de recursos óticos e não óticos. Já o ensino do Braille será ministrado para os alunos cegos, que usarão o próprio sistema Braille. Serão 25 alunos na turma polo 7, que irá funcionar na Escola Municipal Fluminense.
Em 2002, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida através da Lei 10.436/02. Determina que sejam garantidas maneiras institucionalizadas de apoio ao uso e difusão, bem como a inclusão da disciplina de Libras como parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores.
Em Santarém, de autoria do vereador Ronan Liberal Jr, foi apresentado em 2017 um Projeto de Lei sancionado em 2020 pelo prefeito em exercício Emir Machado de Aguiar criando a Lei Municipal Nº 21.099, que inclui a Libras nos Programas de Formação Continuada em serviço da Secretaria Municipal de Educação para profissionais da Rede Municipal de Ensino de Santarém.