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Durante a manhã deste sábado (30), a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), em parceria com a comunidade ribeirinha de Correio do Tapará, Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Sapopema, devolveu aos rios mais de 500 filhotes de tracajá através do Projeto “Quelônios nas Águas” que desde 2012 realiza ações de preservação à essa espécie.
“A Semma vem há vários anos apoiando esse projeto da comunidade, sempre dando suporte à ela, seja ajudando na soltura dos animais como hoje, seja auxiliando na fiscalização e apreensão de materiais de pesca predatória ou resgatando animais silvestres em situação de risco. Essa comunidade é realmente um exemplo em questão de preservação ambiental!”, destacou Mário Branco Maranhão, agente de fiscalização da Semma.
Para que o trabalho dê certo, a comunidade destaca pessoas que cuidam exclusivamente dessa tarefa, são os coletadores. Eles são responsáveis por recolher os ovos e cuidar dos filhotes até o momento da soltura.
Para Jair Silva, realizar um trabalho como esse é motivo de orgulho. “A gente tem muito orgulho em fazer esse trabalho e contar com o apoio da comunidade. Já fomos até Oriximiná para buscar mais apoio e conhecimento, pra realizar melhor nosso trabalho a favor da natureza.”, disse.
Segundo João Mário Sousa, coordenador do projeto, a comunidade de Correio do Tapará desenvolveu o projeto por iniciativa própria há 10 anos e já devolveu à natureza mais de 15 mil quelônios. “Durante o mês de setembro, nós recolhemos os ovos que os tracajás depositam nas praias e os guardamos em berçários artificiais para garantir o nascimento dos filhotes que estarão protegidos de predadores. A partir daí, nós apenas acompanhamos o crescimento deles até o ponto de soltura no Lago Kuriquara que ocorre por volta de 8 meses após o nascimento”, explicou.
O projeto, de iniciativa dos moradores da comunidade de Correio do Tapará, é desenvolvido desde 2012 e tem como finalidade contribuir com a preservação de quelônios na região. A busca pela perpetuação desses animais iniciou após os comunitários observarem a diminuição das espécies nos rios e lagos da localidade.
Desde a primeira soltura já foram reintegrados à natureza mais de 15 mil quelônios. A desova geralmente inicia no mês de setembro, então são retirados os ovos das praias e transpassados para tabuleiros artificiais para protegê-los da ação de pássaros e do homem.
Cada ovo recebe uma identificação com número e data da retirada. Por volta do mês de dezembro começam nascer os filhotes; então, são transportados para um tanque e entre fevereiro e maio do ano seguinte é feita a soltura nos rios e lagos que banham a comunidade.