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No Dia Nacional de Combate à Dengue, comemorado neste sábado (20), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) alerta que a luta contra o mosquito Aedes aegypti continua e que é fundamental a participação da população paraense neste momento em que começa o inverno amazônico.
A data, que é comemorada no penúltimo sábado de novembro, foi oficializada pela Lei Nº 12.235, de 19 de maio de 2010, com “o objetivo de mobilizar iniciativas do Poder Público e a participação da população para a realização de ações destinadas ao combate ao vetor da doença”.
Segundo a coordenadora estadual de Arboviroses, Aline Carneiro, a população continua sendo fundamental na luta contra o mosquito Aedes aegypti. “É necessário eliminar todos os possíveis criadouros de mosquito dentro e fora de casa, pois o Aedes aegypti é um mosquito muito perigoso que pode transmitir doenças graves” alertou.
O alerta também se faz necessário porque, de acordo com o 9º Informe Epidemiológico sobre Dengue, Chikungunya e Zika, divulgado na última quarta-feira (17) pela Sespa, de 1º de janeiro a 30 de outubro de 2021, foram confirmados 2.493 casos de dengue no Pará, representando um aumento de 36,67% em relação ao mesmo período de 2020 quando foram confirmados 1.824 casos da doença. Desse total, 2.474 casos foram classificados como dengue, 16 como dengue com sinais de alerta e 03 casos como dengue grave.
Quanto aos sorotipos circulantes, análise que é feita por amostragem, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) e o Instituto Evandro Chagas (IEC) identificaram 71 casos de dengue tipo 1 e dois casos de dengue tipo 4.
Os cinco municípios com mais casos confirmados são Belém (573), Itaituba (503), Altamira (190), Novo Progresso (152) e São João do Araguaia (137), sendo que em Itaituba houve 01 óbito confirmado pela doença.
Quanto à febre de chikungunya, o Informe Epidemiológico aponta o registro de 101 casos confirmados, correspondendo a uma redução de 34,83% em relação ao mesmo período de 2020 quando ocorreram 155 casos da doença. Os municípios com mais ocorrências são Belém (23), Parauapebas (20), Castanhal (09), Santarém (09) e Breves, Igarapé-Miri e Moju, com 04casos cada um deles.
Em relação à febre de zika vírus, o Pará registrou 25 casos confirmados, correspondendo a uma queda de 85,54% em relação ao mesmo período de 2020 com 173 casos confirmados da doença. Os municípios com mais casos confirmados são Santarém (14), Belém e Prainha com 01casos cada um deles.
De acordo com Aline Carneiro, a Sespa, por meio do Departamento de Controle de Endemias e Coordenação Estadual de Arboviroses, continua trabalhando em conjunto com os municípios oferecendo assessoria técnica, capacitação de profissionais e repasse de insumos quando necessário.
Entre as ações deste ano, estão a atualização em controle vetorial e vigilância epidemiológica para os municípios do 4º Centro Regional de Saúde (CRS) em Capanema e Bragança, 5º CRS em São Miguel do Guamá, 8º CRS em Breves, 6º CRS em Igarapé-Miri e Barcarena e 11º CRS em Marabá; Curso de Manejo Clínico das Arboviroses; Oficina de Atualização em Endemias para Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária e Assistência Farmacêutica para os municípios do 11º CRS e distribuição de larvicidas para os 13 CRSs para controle vetorial. “Pois as ações diretas de combate ao mosquito são responsabilidade das gestões municipais”, observou a coordenadora estadual.
Uma das ações que podem ser executadas pelos municípios é o levantamento do Índice de Infestação Predial (IIP) de mosquito Aedes aegypti, para avaliar a sua situação epidemiológica e reorganizar as atividades de vigilância e controle dessa endemia agora que a pandemia de covid-19 está mais controlada. “No entanto, dos 144 municípios paraenses, até o momento, somente 85 enviaram o Plano de Contingência Municipal par 2021 e o ano já está acabando”, comentou Aline Carneiro.
Aline Carneiro lembrou, ainda, que em função da pandemia de covid-19, em 2020, tinham sido suspensas as visitas dos agentes de endemias aos domicílios, mas essas ações já estão sendo retomadas nos municípios com todos os cuidados para prevenção da covid-19. “Então, é importante que as famílias recebam aos agentes, pois eles conseguem, muitas vezes, encontrar focos de dengue em locais que as pessoas nem desconfiam. A presença do agente não inviabiliza as ações dos moradores. Pelo contrário, deve haver uma união de forças contra um inimigo comum”, enfatizou a coordenadora.
As manifestações clínicas da dengue, chicungunya e zika são muito parecidas, por isso é importante prestar atenção: os principais sintomas da dengue são febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.
A chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos.
Já a zika apresenta febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.
Aline Carneiro ressaltou que as Secretarias Municipais de Saúde precisam notificar à Coordenação Estadual de Arboviroses até 24 horas os casos graves e óbitos por dengue, chicungunya e zika.
Quanto à população, ela orienta que não se automedique frente ao aparecimento de sintomas, que procure a unidade de saúde mais próxima para atendimento médico e mantenha os seguintes cuidados no seu domicílio:
• Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;
• Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;
• Não deixar água acumulada sobre a laje;
• Manter garrafas com boca virada para baixo;
• Acondicionar pneus em locais cobertos;
• Proteger ralos sem tampa com telas finas;
• Manter as fossas vedadas;
• Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana;
• Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo, tampinha de refrigerante entre outros.