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Foi ocupada no final da manhã desta segunda-feira(3), a sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) em Santarém, no oeste do Pará. Um grupo de trabalhadores rurais e comunitários da área da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns(RESEX) reivindicam o apoio da diretoria da entidade para a continuação da execução de planos de manejo para exploração madeireira no interior da RESEX.
Cerca de 60 membros das cooperativas Cooprunã, Coopermaró e Cooperio decidiram pela ocupação em resposta a decisão judicial que os impede de explorar produtos florestais na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, localizada entre os municípios de Santarém e Aveiro.
Para garantir que não houvesse violência e nem destruição do patrimônio da entidade, policias militares foram acionados e estiveram na sede do STTR.
No último dia 30 de abril, em decisão o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), suspendeu liminar concedida pela Justiça Federal de Santarém que autorizava os planos de manejo.
Com a decisão, foi suspenso o manejo feito desde 2019 pela Cooperativa Mista Agroextrativista do Rio Inambú (Cooprunã) em uma área de 29 mil hectares, o equivalente a mais de 29 mil campos de futebol. Além disso, também foi interrompida a discussão sobre liberar ou não a área para exploração da Coopermaró, outra cooperativa, o que causou revolta nos cooperados.
A decisão do TRF-1 faz parte de uma Ação Civil Pública (ACP) movida pelo STTR e pelo Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA). As entidades pediram a suspensão dos procedimentos de aprovação dos planos de manejo florestal dentro da Resex até que fosse realizada a consulta prévia, livre e informada das 78 comunidades tradicionais e aldeias que vivem na Reserva.