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De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), no Pará, de janeiro a abril de 2021, a corporação atendeu 13 ocorrências de vazamento, com chamas, de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), também conhecido como gás de cozinha, e 112 sem chamas, e também 2 explosões sem chamas (não necessariamente de GLP). O bujão, alertam os bombeiros, necessita de cuidados desde a hora do ato de compra à maneira correta de se instalar o registro no equipamento.
Os bombeiros explicam que o GLP é formado pela combinação de butano e propano, dois gases derivados do petróleo. Ele é obtido a uma temperatura de aproximadamente 70 °C. No dia a dia, as pessoas devem observar sinais para evitar acidentes que levam a perdas materiais e humanas, provocadas por lesões graves que podem até evoluir para morte.
O bombeiro Capitão Eduardo Oliveira, perito em incêndio do CBMPA, garante que o botijão de gás de cozinha é um material seguro, desde que manuseado de forma correta: “deve-se efetuar a troca adequada, sem uso de ferramentas (apertando-se a rosca apenas com a força das mãos), verificar a validade da mangueira, bem como a sua integridade com relação a rachaduras. O botijão deve ficar de preferência em um local arejado, se possível do lado de fora do imóvel e longe de buracos, ralos ou valas”, disse o militar.
Durante a instalação, é necessário observar também a integridade do recipiente, se não está enferrujado ou amassado e a existência do lacre sobre a válvula. O Corpo de Bombeiro orienta que, caso seja identificado um vazamento, é importante manter a calma, não acender o fogão, não ligar lâmpadas e nem tentar iluminar o local para detectar o vazamento. É necessário arejar o ambiente, abrindo as janelas e portas do local até que o odor se dissipe, para então fazer o teste de vazamento.
“É importante realizar o teste com uma esponja com bastante espuma de sabão. O recomendado é passar ao redor da válvula e demais conexões e, se houver vazamentos, ocorrerá a formação de bolhas grandes nessa espuma aplicada. Caso isso ocorra, deve-se retirar o regulador e refazer a instalação e o teste novamente até que não se perceba nenhum vazamento”, frisa o capitão Eduardo Oliveira.
Se o vazamento persistir após várias repetições do procedimento, pode indicar um problema na conexão entre o botijão e o regulador, então é necessário efetuar a troca do botijão junto ao fornecedor. A validade do conjunto é de cinco anos, após esse período o conjunto deve ser substituído.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o GLP é o comercializado, em grande parte, em botijões de 13 quilos, por revendedoras autorizadas e utilizadas na maioria das vezes em ambientes residenciais que não contam com sistema de gás de cozinha encanado.
Ocorrências e Socorro
Em casos mais complexos, com vazamentos seguidos de chamas, o Corpo de Bombeiro do Pará recomenda, se possível, chegar até o regulador e fechar o registro. Em casos de chamas, dependendo da habilidade do usuário, deve-se fazer uso de um extintor de pó químico ABC ou BC para extinguir o fogo e, após, fechar o registro do regulador. Os bombeiros orientam que se entre em contato com a Corporação, por meio do número telefônico 190, caso as chamas tomem o ambiente.
“Mesmo em meio às chamas o botijão não vai explodir, pois o mesmo é dotado de uma válvula de alívio que é disparada quando o botijão atingir aproximadamente 70 graus, aliviando a pressão e impedindo a explosão do botijão. Importante, quem explode não é o botijão (salvo raros casos) e sim o ambiente que está com acúmulo de gás que vazou por algum motivo”, afirmou o bombeiro Capitão Eduardo Oliveira.
Ele acrescentou, ainda, que, em geral, “uma vítima de queimaduras sente muita dor, o que faz com que a mesma se desespere, então o importante é acalmar a vítima, não passar nada nas regiões afetadas, apenas molhar levemente a região para aliviar a dor, não tente retirar roupas ou outros objetos que, por ventura, estejam aderidos à pele da vítima e encaminhe-a o mais rápido possível ao hospital”.